O que o RCM alcança, segundo John Moubray
Os altos volumes de recursos envolvidos direta e indiretamente com a Gestão dos Ativos, aliados à falta de confiabilidade operacional, por vezes tem comprometido seriamente os resultados esperados nas empresas.
Este fato ocorreu na década de 60 na aviação civil americana, e foi decisivo para a iniciativa de criar-se uma solução que ao mesmo tempo incrementasse a confiabilidade, reduzindo as quedas de aeronaves, e reduzisse os altos custos envolvidos com a intensa manutenção que era aplicada na época. Nasceu então a Manutenção Centrada em Confiabilidade, o RCM.
O RCM (Manutenção Centrada em Confiabilidade) foi concebido para o correto balanceamento de três fatores essenciais, a fim de atingir os resultados esperados na Gestão de Ativos. São eles:
– Custos
– Riscos
– Desempenho
Pois bem, o que o RCM alcança efetivamente, segundo John Moubray no seu livro RCMII – Reliability Centered Maintenance?
1 – REDUÇÃO DE CUSTOS:
Sempre que o RCM for corretamente aplicado em um sistema de manutenção existente bem desenvolvido, chega-se a uma redução de 40% a 70% da carga de trabalho em manutenção de rotina (pag. 312).
2 – REDUÇÃO RISCOS:
A abordagem estruturada aos sistemas de proteção, especialmente o conceito de funções ocultas e a abordagem metódica de busca de falhas, reduz em muito a probabilidade de falhas múltiplas que tem serias consequências. É talvez a característica mais simples e forte do RCM. Utilizando-a corretamente, reduzem-se significativamente os riscos do negócio (pag.308).
3 – AUMENTO DE DESEMPENHO:
A ênfase colocada nas tarefas sob condição, ajuda a assegurar que as falhas potenciais sejam detectadas antes da perda total da função, ou parada emergencial. Redução nas frequências de paradas aumentando a disponibilidade a médio e longo prazo e ainda o aumento do conhecimento da equipe levando a reparos mais rápidos e à redução da mortalidade infantil completam esse quadro (pag.312/313).
Fazer certo a coisa certa é o único caminho para se manter saudável no mercado altamente competitivo nos dias atuais.
Denis Mortelari